Sunday, 4 May 2014

Nunca me perdoarei

Neste momento já vivi dezoito anos
E mesmo sabendo que ainda sou bastante jovem
Sofri e infelizmente provoquei inúmeros danos
Tantos que de noite me movem
Mas nada mais me corrompe
Do que saber que perdi o que mais segurava
Uma amizade que se rompe
Uma alegria que chorava
Procuro saber qual foi a razão
Que me fez agir assim tão estupidamente
E existem tantos que me passem na solidão
Que me fazem aperceber realmente
Eu não mereço o que tenho
Pois não passo de uma criança
Que em tudo e mais algo desdenho
Mas sempre com falta de esperança
Na família não passo de uma vergonha
Um desastre da humanidade
Algo que não passa de uma criatura medonha
E que todos os dias lhe é relembrado esta verdade
Para os meus amigos sou uma desilusão
Um mau investimento
Algo que desejam que seja uma ilusão
E que esteja em continuo movimento
Na escola sou um ignorante eu suponha
Um idiota que se tramou
Algo que possuía uma vontade tonha
E que  durante o caminho apenas reclamou
E no namoro sou uma confusão
Um desastre de ser humano
Algo que ninguém o vê na sua visão
E que o que faz é desumano
Então dizendo apenas isto
Tudo o que eu provoquei
Foi erro meu porque não me foi previsto
E todas as suas consequências eu as sofrerei

Sunday, 16 February 2014

Sê tu

Eu encontro-te neste mundo
Chorando sem real razão para tal
E sempre com o mesmo desejo profundo
De ficares igual à comunidade total
Não percebo porque razão o queres
Devias de agradecer como saíste
Pois como eles já existem milhões
E como tu só um existe
Sê de Marte, de Jupiter, sê de outro sistema
Mas nunca sejas de Terra
Cria o teu próprio emblema
Evita assim uma guerra
As tuas ações e esse teu pensamento
Fazem de ti um ser especial
É um erro não veres esse teu talento
É pena quereres ser um produto comercial
Eu sei que pode custar ser diferente
Que é complicado viver bem
Mas acredita que muito provavelmente
Existem pessoas que te percebem
E elas vão fazer de tudo para serem tuas amigas
Por isso acredita que o que enfrentas não passará mais do que histórias antigas

Mente invulgar

Nesta superfície que eu caminho
Eu vejo e revejo eventos
Que no meu interior fazem despertar um rapazinho
Cheio de questões e sentimentos
Ele tenta ver com uns olhos de cristal
A razão e a consequência de todos os momentos
Mas sente-se perdido como se estivesse num meio florestal
À procura de ajuda para os seus ferimentos
Eu sou uma relíquia do passado
Um presente do futuro
É o que na sua mente tem pensado
Achando-se um ser maturo
Pois prefere a maneira de pensar dos significantes
Daqueles que melhoraram o nosso planeta
E quer polir tudo até ficarem diamantes
Mesmo que isso o transforme numa marioneta
As pessoas conhecem-no e acham-o estranho
Um mistério, um maluco na sociedade
Uma ovelha negra no seu rebanho
Mas comentam sem nunca lhe terem dado uma oportunidade
O que ele quer como desejo final
É que uma voz seja levantada
Uma que irá revolucionar o original
E criar um ambiente de liberdade ilimitada

Saturday, 15 February 2014

Nunca me esquecerei

Debaixo deste universo ainda inexplorado
Nestes tempos de crescimento
Eu prometo que o meu passado
Estará sempre no meu pensamento
Pois são histórias de amizade
Repletos de magia
Como a de uma tempestade
Ou de uma antiga mitologia
São e serão memórias em que eu agradeço
Todas as pessoas que nelas participaram
E fico feliz pois reconheço
Que também nelas ficaram
Já prevejo todos os dias do meu futuro
Não muito longe mas cheios de saudade
Destes tempos que na minha mente capturo
E que em mim despertaram uma grande variedade de profundidades
Que eu nunca antes tinha sentido
Mas que sempre tinha sonhado
Sentindo-me então mentido
Pois são melhores só que me tinham contado
E não considero-as de triste
Pois significa que conquistei
Que nunca na minha mente boca saiu um desiste
Que tudo o que aconteceu eu gostei.

Escondido

Reprimido por trás de um olhar enfraquecido
Gasto devido as lutas que não enfrentou
Perante todas as pessoas que o teriam esquecido
E as que ainda não desapontou
Existe a imagem de um ser infinito na sua invulgaridade
Perdido numa dimensão intemporal
Com razão de medo perante a sociedade
Perguntando como irá reagir perante a sua moral
Passo noites sem fim observando a Lua e contemplando
Se neste ninho de mistérios e maravilhas que chamamos de Universo
Existe um lugar para uma pessoa que se esta preparando
Para uma ultima batalha que se encontra submerso?
O meu id, os meus ideais...a minha real imagem!
Está pronta para se manifestar no mundo
Apenas se está a questionar como irá reagir com esta personagem
Pois para este tempo é demasiado profundo
A imagem que eu apresento pode ser negativa..
Posso aparentar ser um rapaz imaturo perante as situações
Inculto comparado a seres mortais e sem ideologia significativa
E lamentavelmente, possuem parte verdade em todas as estas acusações
Pois sou apenas um soldado de plástico
Que para a maioria sem importância tem
Seguindo as suas ordens como se fosse uma acção automática
Entristecido só quando não o pressentem.
Contudo, creio que devia de estar grato por ser deste jeito
Porque apesar de serem poucas as pessoas que realmente me conhecem
Todas me apresentam o seu respeito
A sua confiança e a sua solidariedade mesmo quando os meus actos não o merecem
E eu agradeço-os incondicionalmente por o  fazerem
Por me deixarem ser natural mesmo não o gostando
E espero um dia poder encontrar-me com eles para saberem
O quão alegre me põem chorando

Tuesday, 9 July 2013

O choro da noite

Nestas noites de verão
Em que o céu se apresenta limpo
Eu observo-o e contemplo a sua razão
E apercebo-me de que se trata do meu tempo
Começo por me lembrar de todos os momentos
Bons e maus do meu passado
Recordo-me de todos os movimentos feitos
E do seu resultado originado
Contudo devido ao meu feitio anormal
Eu concentro-me mais nos maus
E assim como qualquer mortal
Começo a chorar em diversos graus
Questiono se o que me aconteceu
Será normal na vida de qualquer indivíduo
Será comum como um astrônomo olhar para o céu?
Ou é raro como a escassez de resíduos?
Mas o meu principal problema
Não é enfrentar o que já passou
É ter a coragem de contar este dilema
Poder descrever todo o dano que provocou
Eu gostaria de contar tudo
Poder dizê-lo aos meus verdadeiros amigos sem receio
Contudo temo que o resultado seja agudo
Temo que depois eles façam um bloqueio
Depois pondero sobre o presente
Pergunto se tudo o que está a acontecer é real
"Se penso, existo" é o que paira na minha mente
Mas como é que sei que é verdade este ideal?
Como é que sei se isto está a acontecer mesmo?
Possivelmente sou uma história criada por uma pessoa qualquer
Ou talvez sou um plano visual de um organismo
De qualquer forma uma resposta a minha mente requer
Quase no final, eu olho para o meu futuro
E concluo que existem dezenas de rumos
Em que a minha vida se pode tornar num tesouro
Mas também podem tornar estes momentos de "felicidade" os meus últimos
Concluindo então, eu comparo os três momentos
E noite após noite chego à mesma conclusão
Vejo que na realidade eu preciso de sempre os mesmo "suplementos"
Que para viver preciso de uma constante relação
Não uma de amor mas de amizade
Em que sua função é nos entreter
Que todos se sintam cheios de felicidade
E que se for necessário todos possamos combater
Por isso se algum de vós chegar a ler este poema
Só quero dizer que peço desculpa
Se alguma vez vos incomodei ou causei algum problema
E que por favor não fiquem cheios de culpa
É isto que eu mereço
Solidão e tristeza é onde eu pertenço...